O desafio era grande. Explorar a mais linda vila de Portugal. Estariam os nossos jovens preparados? Mil e um recantos, semeados de verde e mistério, ajudaram a fortalecer as pernas para calcorrear caminhos e azinhagas. Não fora o testemunho de vários escritores internacionais e nacionais (Hans Christian Andersen, Lord Byron, Ferreira de Castro) e dir-se-ia que Sintra estava selvagem, à espera de nós. Enchemos de palavras de poetas, de lendas mágicas e de click de fotografias o espaço que era só nosso. Assim queríamos que fosse. A sempre pedra bruta disposta a ser delapidada por qualquer viajante resiste sempre, imponente e majestosa às mil e uma tentativas de quem chega e parte, depois, vencido pelo belo e inantingível que ambicionámos possuir. Sintra não pertence a ninguém, só a ela própria. É demasiado grandiosa para ceder a quem passa. As lendas que a povoam servem de mote à imaginação de quem quiser saborear o mágico e saboroso mundo da fantasia.
Os nossos jovens subiram a serra, percorrendo fases lúdicas e culturais para aligeirar a tarefa extenuante. Tudo valeu a pena perante as cores inebriantes do Palácio e o olhar de fogo do tritão. O interior do Palácio fez-nos, por momentos, imaginar qual princípes e princesas, rodeados de luxo e bom-gosto. Era fácil perceber como tinha sido criado o enredo de Uma Aventura no Palácio da Pena. Mas o melhor estava para vir. Falámos com o vento na Cruz Alta, de onde os nossos olhos voram até centenas de quilómetros em redor. Julgámo-nos os reis do mundo.
Mas havia que descer. Esperavam-nos as delícias da Piriquita e as magníficas luzes a lembrar que é Natal. O nosso melhor tesouro é, agora, a memória de um dia em que tanto partilhámos e recebemos.
Professora Anabela Santos
PIEF de Sintra (Matias Aires)
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