Diz a lenda que há muito, muito tempo, havia uma bela donzela cristã que se chamava Maria Teresa. Estava noiva de um cristão velho e rico.
Certo dia, a donzela passeava com a sua aia pelos jardins verdejantes e perfumados, junto a uma gruta de águas cristalinas, quando o seu olhar avistou um elegante mouro.
- Reparai, Briolanja, que belo moço!
- E reparo que não tira os olhos de vós!
- Não digais tal coisa, Briolanja. Sabeis muito bem que estou noiva de D. Mendes da Cunha e Silva.
A partir desse dia, sempre que Maria Teresa passeava pelo jardim, colhendo rosas, encontrava, junto à fonte, um poema de amor escrito pelo mouro, D. Panzo. O coração de Maria Teresa não mais resistiu aos encantos do seu poeta e admirador.
A notícia deste amor rapidamente se espalhou por toda a vila. Quando D. Mendes da Cunha e Silva soube deste caso, logo desafiou Panzo para um duelo, junto à gruta.
O confronto iniciou-se e eis que, subitamente, Maria Teresa se colocou entre a espada e o seu amado, sendo ferida de morte por D. Mendes.
Diz o povo que a alma de D. Teresa encarnou numa fada que, à meia-noite, vai para a gruta chorar de saudades do seu amado Panzo.
Ficou esta gruta conhecida, desde então, como a Gruta da Fada.
Texto colectivo, alunos do PIEF T2
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